A técnica é conhecida como “aquecimento joule flash” (FJH) e, como conta o site zap.aeiou.pt, a equipa descreveu-a pela primeira vez em Janeiro de 2020.
O método faz com que uma corrente eléctrica seja passada através de materiais que contêm carbono, aquecendo-os a cerca de 2.727°, fazendo com que este seja convertido em flocos de grafeno turboestráticos imaculados.
Agora, os investigadores refinaram o processo para criar outros materiais. Os flashes originais duravam 10 milésimos de segundo, mas a equipa descobriu que, ao alterar a duração entre 10 e 500 milésimos de segundo, também poderiam orientar o carbono para se converter noutras formas.
Isso inclui nano-diamante e “carbono concêntrico”, onde os átomos de carbono formam uma casca em torno de um núcleo de nano-diamante.
Para ajudar no processo, compostos orgânicos de flúor e precursores são agora adicionados à mistura inicial, escreve o New Atlas.
Outros estudos anteriores mostraram que o flúor ajuda os átomos de carbono a unirem-se com mais força, permitindo que os nano-diamantes sejam desenvolvidos em condições mais suaves.
A equipa refere que o novo processo FJH pode ajudar a produzir esses novos formulários em massa, o que é tradicionalmente difícil de fazer.
Os especialistas frisam que os próximos passos são experimentar o uso de outros aditivos como boro, fósforo e nitrogénio.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1022 de 30 de Junho de 2021.